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Zero Trust: conheça o futuro da segurança cibernética

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O Zero Trust se destaca como uma ferramenta útil e promissora na proteção dos ativos de milhares de empresas, à medida que o cenário da cibersegurança torna-se mais complexo em meio à constante evolução das ameaças digitais.  Essa complexidade se dá principalmente pelo aumento considerável dos ciberataques semanais ao nível mundial (cerca de 8%). Assim como pelo uso inesperado das Inteligências Artificiais e Dispositivos USB por parte dos hackers.

Nesse sentido, esse conceito traz uma nova abordagem para empresas lidarem com os acessos de usuários e dispositivos às redes corporativas. Ou seja, divulga-se a ideia de ser necessário “conquistar a confiança”, ao invés de seguir os modelos tradicionais de confiança presumida.

Parece confuso? Vamos falar melhor sobre esse conceito, sua importância e principalmente, o que podemos esperar do futuro da cibersegurança seguindo os preceitos do Zero Trust neste blog! É só seguir a leitura 🙂

O que é Zero Trust?

Ransomware, phishing e ataques de injeção são apenas alguns dos exemplos de ciberataques existentes atualmente. Diante de tantas possibilidades, seguir o modelo tradicional de segurança, baseado na confiança implícita nos usuários e dispositivos após o acesso às redes corporativas, deixou de ser o recomendado. É com base nesse cenário que a abordagem do Zero Trust muda a forma com que as empresas lidam com certas situações.

Cada elemento, seja um usuário, dispositivo ou sistema, passa a ser considerado potencialmente não confiável. Isso significa que a verificação constante da identidade, autorização e autenticação é aplicada de forma constante mesmo a usuários já autenticados e dispositivos aparentemente confiáveis.

Princípios fundamentais do Zero Trust

A implementação do conceito de Zero Trust na segurança digital de uma empresa tem o objetivo de aumentar a resiliência contra as ameaças cibernéticas. Minimizando, dessa forma, o impacto potencial de violações cibernéticas.  Na prática, o Zero Trust é aplicado por meio de 5 princípios. Veja quais são:

  1. Verificação Contínua:  não confiar apenas na autenticação inicial, mas verificar continuamente a identidade e a integridade dos usuários e dispositivos durante toda a sessão.
  2. Princípio Menor Privilégio:  conceder apenas as permissões mínimas necessárias para realizar uma tarefa específica
  3. Segmentação de Rede: dividir a rede em segmentos menores, limitando o acesso entre eles.
  4. Micro segmentação: aplicar controles de segurança granulares ao nível de carga de trabalho, isolando aplicativos e dados
  5. Desconfiança por padrão: operar sob a premissa de que todas as transações são potencialmente arriscadas até que sejam verificadas.

Quais as tecnologias utilizadas no Zero Trust?

No início do texto citamos que a Inteligência Artificial contribuiu para o aumento dos ataques cibernéticos. Mas isso não significa que uma IA não possa ser utilizada também para o bem. É sempre importante lembrar que o problema não está na tecnologia utilizada e sim, como as utilizamos. No contexto do Zero Trust, a IA é aplicada para detectar padrões suspeitos por meio de análises avançadas, já que algoritmos de aprendizado de máquina têm a capacidade de identificar comportamentos suspeitos e anomalias que podem indicar atividades maliciosas.

Essa capacidade de análise preditiva é essencial para a antecipação de ameaças antes que causem danos significativos. Além dela, utiliza-se também ferramentas de automação a fim de simplificar a implementação e manutenção contínua dos 5 princípios descritos no tópico anterior.  Durante o processo de verificação contínua da identidade, ferramentas automatizadas podem monitorar constantemente o comportamento do usuário e os dados de acesso. Isso permite a detecção instantânea de atividades suspeitas e a aplicação de medidas corretivas sem atrasos.

Outro aspecto muito importante no Zero Trust é o uso das ferramentas de análise comportamental, que monitoram continuamente o comportamento de usuários e dispositivos, criando perfis individuais e identificando desvios significativos em relação às atividades normais. Ao adotar a análise comportamental, o Zero Trust não se limita à simples autenticação inicial; ele vai além, avaliando o comportamento ao longo do tempo. Isso permite a detecção precoce de ameaças, identificando anomalias sutis que poderiam passar despercebidas em verificações de segurança convencionais.

Além disso, a análise comportamental é valiosa na aplicação do princípio do menor privilégio. Ao compreender os padrões típicos de comportamento de usuários e dispositivos, as organizações podem ajustar dinamicamente as permissões de acesso, garantindo que cada entidade tenha apenas as permissões necessárias para suas funções específicas. 

Como implementar a Confiança Zero na sua empresa?

Além de entender os princípios deste conceito, sua importância e funcionamento da prática, há a necessidade de haver uma mudança cultural para que seus colaboradores internalizem a mentalidade de desconfiança por padrão. Ademais, investir na educação contínua sobre as principais ameaças cibernéticas e melhores práticas de segurança, visto que 95% dos ataques ocorrem por erro humano, é muito importante para evitar imprevistos.

Contar com o apoio de profissionais de TI qualificados e realizar constantemente atualizações tecnológicas não apenas fortalece a segurança das redes corporativas como também promove uma postura proativa na defesa contra ameaças cibernéticas.

O futuro do Zero Trust é a integração!

Investir na premissa de confiança zero é positivo por si só. Mas, se aplicarmos o Zero Trust a ecossistemas digitais que englobam, por exemplo, a Internet das Coisas (IoT) e a computação em borda (Edge Computing) de forma cuidadosa, permite uma inovação contínua e flexível para empresas em todo o mundo. 

Além disso, é possível aprimorar a eficácia do Zero Trust ao aplicá-lo em conjunto com outras estratégias de segurança, como o Next Generation Firewall, Detecção e Resposta de Endpoint, entre outros. Essa integração faz com que as empresas evitem inúmeros ataques cibernéticos, identificando-os com antecedência e inibindo ações suspeitas. Dessa forma, não há a possibilidade de sofrerem prejuízos financeiros e operacionais intangíveis e permanentes.